segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Resultados preliminares da pesquisa


Olá pessoal!
Em nosso último post falamos um pouco sobre alguns dos congressos e eventos das quais participei, além de alguns trabalhos publicados. De acordo com o prometido, vamos colocar algumas fotos e os primeiros registros do trabalho de doutorado que estou fazendo. Mas antes, falar um pouco de como tem sido minha rotina. Escrevo de São Carlos, uma cidade de aproximadamente 300 mil habitantes, que fica no interior. Bom, de interior não vejo nada por aqui. Aliás, é impressionante o que essa região produz em termos de ciência. Só nesta cidade, temos dois campi da USP, mais a UFSCar, na qual sou aluno. Esta é uma Universidade Federal, a única no interior do Estado de São Paulo, e que foi a primeira instituição a criar um curso de pós-graduação stricto sensu na área de ecologia no Brasil. Para se ter idéia, em um raio de 150 km, talvez menos, temos ainda a UNESP, a UNICAMP e mais instituições particulares de renome nacional e internacional.
Bom, a disciplina que estou fazendo chama-se ecologia de comunidades. Para mim que estuda os aspectos da ecologia das aves marinhas, nada melhor. Muito importante conhecer um pouco mais dos aspectos de interação entre as diversas espécies, como se conectam, como competem por recursos e que estratégias desenvolvem para persistir na dura luta pela vida em ambientes hostis, como é o caso do ambiente marinho. Aliás, tudo é muito bonito na teoria, mas para modelarmos e compreendermos todos esses aspectos, muita matemática entra em jogo. Estatística daqui, probabilidade de lá e algoritmos que são intermináveis. Mamãe sempre me falava...meu filho, você deve fazer medicina, ou algo que lhe dê um retorno financeiro, e eu respondia, mas mãe, eu quero uma  área que não preciso fazer cálculos. Vai entender!!
Enfim, as saídas de campo estão a todo vapor. São duas saídas mensais que estamos fazendo, uma para Moleques do Sul e outra para o arquipélago de Tamboretes. Muitas gaivotas já foram marcadas com anilhas metálicas e coloridas, que vai nos ajudar a entender o padrão de dispersão dessas aves no litoral catarinense. Amostras para análise de DNA foram retiradas, assim como amostras de fezes e penas. Nas fezes alguns dos resultados já deram positivos para inúmeras bactérias. Das amostras avaliadas, observou-se a presença de diversas espécies de bactérias, totalizando 27 bactérias de 10 gêneros distintos de Gram negativas. No isolamento em meio seletivo para Gram positivos, obteve-se7 bactérias pertencentes a 3 gêneros distintos. O estudo agora é tentar descobrir se esse tipo de contaminação afeta diretamente as colônias de aves ou não. Já com as penas, alguns tristes resultados apontam para contaminação por metais pesados. Fora o lixo encontrado nas ilhas, utilizados inclusive para a construção dos ninhos das gaivotas. Mas a natureza é sábia e sempre dá um jeitinho.
Bom, em breve traremos mais informações e esperamos que você curta os nossos posts. Caso tenha interesse no trabalho e queira tirar dúvidas, por favor, entre em contato.









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